terça-feira, 12 de outubro de 2010

Até onde vai um homem...

"Até perder a noção da diferença entre sonho e obrigação.
De desejo e necessidade;
Amor e paixão.
Até onde não há mais como pisar, sentir, sorrir;
Ao abismo. O limite da solidão!
O homem vai até não há mais o chão..."

Até quando não há mais o que tentar, não só para poder dizer "eu fiz de tudo", ou enevoar o ego com toda a certeza do limite ultrapassado, onde o amor está dilacerado... O amor, acabado.
Tolo! Medíocre! Ingênuo...
Pensar que amar faria fazer mais que tudo, que o máximo.
Acreditar, que o limite seria o bastante, e hoje ver que só serviu como base para se ver no espelho e enxergar um pleno ignorante na arte de amar uma mulher!
Fracasso talvez. Ódio demais, tristeza em encarar o real.
Medo de fechar os olhos, de abrir o coração é o que resulta...
Fingir novamente que tudo pode ser arrumado, consertado, remendado?
Não... Este burro que vos fala é um ex-motivado pela fé da reconstrução familiar! Alguém que por muitos momentos dedicou pingos de vida para ressuscitar o que já estava morto, acreditou no que tudo poderia ainda ser perfeito, possível, que teve tudo nas mãos, e que viu tudo desabar lentamente, como areia fina por entre os dedos caindo e aos prantos levada ao vento, sem que nada pudesse fazer.
A areia acabou, o vento parou, os olhos secaram, e o que ficou foi o vazio, o silêncio escuro, tenso, frio.
Não há mais nada, além da vontade de construir tudo do zero, mais uma vez, agora diferente...
Suficiente.

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